A cada saque, a cada ponto, a cada braçada, a cada gol.. mais do que uma vitória, um novo sentido na vida. É por ai a mensagem, que as Paralímpiadas Escolares querem passar para quem chega ao Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, na Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo.
A competição começou, no último dia 23 de novembro e vai até a próxima, sexta-feira, 25. São 900 atletas de 24 estados brasileiros mais o Distrito Federal, disputando oito modalidades: atletismo, bocha, futebol de 7, goalball, judô, natação, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas. Sem esquecer dos 50 voluntários que ajudam a organizar o evento, promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e está na sua oitava edição.
As palavras demoram a sair, assim como o sorriso, mais pela timidez do que por qualquer outra coisa. Essa é Maria Julia Santos, 13 anos, atleta do tênis em cadeira de rodas, representante do Distrito Federal. A menina que pratica o esporte há dois anos e confessa que ainda sente vergonha em contar para os colegas de escola, sobre a vida de atleta:
“Ainda tenho vergonha de dizer o que faço. Sei lá, acho que eles não vão entender”, resume Maria Julia.
“Aqui, ganhar ou perder, não importa”
Paraplégico há 20 anos, vítima de um tiro, para o técnico de tênis em cadeira de rodas, Sergio Gatto, o esporte tem uma função de elevar a autoestima do atleta com deficiência:
“Através do esporte, a pessoa com deficiência descobre que ela pode ser muito mais. Descobre que ela pode ter amigos, namorar, e acima de tudo, ser feliz”, diz o técnico que representa o Estado de São Paulo, nas Paralímpiadas Escolares. O treinador, que já trabalhava com tênis antes de se tornar cadeirante, completa:
“Aqui, ganhar ou perder, não importa. O que vale mais, é você ver o esporte no sentido mais puro e ingênuo”.
fonte: Torcedores.com
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